O Clero
Jorge Simas / Paulo César Feital
São negros, índios,
Mulatos, caboclos e sararás
Moram na boca do mato, na boca do lixo
Sem boca,
Sem língua, sem voz,
Sem verbo sem nós
Os sócios dos urubus
São os culpados
Excomungados,
Judas da nossa cruz
São Caifás, são Satanás
Do clero lá de Goiás
São preguiçosos, são tão perigosos, ruins demais
Fingem que gemem nas macas
Que sangram nas facas
Que morrem
Tem televisão
Qualquer barracão
Da escória desse país
Com que direito
Pedem os leitos
Limpos dos meus guris
São Barrabás que roubam a paz
Do clero lá de Goiás
Carandiru divino
Que acolhe seus meninos
Pra Frei Caneca banhar
Com Água Santa e crismar
Driblar a morte é crime
Inconstitucional
O clero já promoveu ordem
Da Candelária à Vigário Geral
Ralé.. gentinha.. canalha
Que raiva do tal de Vovô Sobral
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